Meditação
Antecedendo em alguns meses a versão de João Gilberto, que imprimiu à canção sua marca definitiva, “Meditação” seria gravada com sucesso por Isaura Garcia, em 1959. Embora acompanhada pelo conjunto do marido, Walter Wanderley, um músico avançado que participaria em 61 do terceiro elepê do João, não havia na interpretação de Isaurinha a menor conotação de bossa nova. Era, isto sim, totalmente coerente com a personalidade da cantora (o álbum chamava-se Sempre personalíssima) de sotaque ítalo-paulistano, mas, que, em compensação, exibia um extraordinário senso de divisão, incomum para quem nascera no Brás. Além do mais era passional ao extremo, o que até justifica o “ai-ai-ai” que ela comete depois do verso “e tanto que seu pranto já secou…” (ouça adiante!).
Assim se entende por que sua interpretação seria praticamente o oposto da do João (1960), a partir do andamento, mais rápido. Com um acompanhamento de cordas, um piano discreto, um trombone — na introdução que se tornaria clássica — e uma flauta — apenas na segunda parte e no final —, a versão do cantor dá bem um exemplo da economia que caracterizou a bossa nova em vários aspectos, da orquestração à duração da faixa (ouça adiante!).
Com a participação de Tom e Newton tanto na letra como na música, conforme era próprio da parceria, “Meditação” tem a estrutura A1 – A1 – B – A2, com 16 compassos em A e oito em B. O que ressalta na composição são as sofisticadas alterações diatônicas em sílabas como “di” (“quem a-cre-ditou”), “no” (“no amor”), “a” (“e perdeu a paz”), “so” (“o amor, o sor-ri-so”) e “sa” (“se transformam de-pres-sa demais”).
Já a letra, que lançou a expressão “o amor, o sorriso e a flor” — logo vinculada à bossa nova, a princípio positivamente, mais tarde, pejorativamente —, percorre as etapas de uma tradicional história de amor: o sonho inicial, a perda, a solidão, a privação e, por fim, o reencontro como amor verdadeiro.
O enfoque de João Gilberto e o arranjo de Tom Jobim exerceram forte influência no padrão da maioria das gravações que se seguiram, fazendo de “Meditação” (“Meditation”, na versão em inglês) a terceira composição em popularidade na pequena, mas importante, obra da dupla Jobim-Mendonça (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Ed. 34).
Extraído de http://cifrantiga3.blogspot.com.br
Isaura Garcia & Walter Wanderley e seu Conjunto(1959)
Joao Gilberto(1960)
X.X.X.X.X.X.X.X.X
“Meditação” é uma música composta por Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça. Já foi gravada em 1967 por Frank Sinatra em álbum com a participação de Tom Jobim, com versão para o inglês feita por Norman Gimbel (ouça adiante!).
Diferente do que muitas pessoas pensam, a melodia de Meditação foi feita por Newton Mendonça, e Tom Jobim fez a letra.
Extraído de http://pt.wikipedia.org
Frank Sinatra & Tom Jobim(1967)
Arquivo
- novembro 2025
- setembro 2020
- agosto 2020
- julho 2020
- junho 2020
- maio 2020
- abril 2020
- março 2020
- dezembro 2018
- outubro 2018
- setembro 2018
- agosto 2018
- julho 2018
- junho 2018
- maio 2018
- abril 2018
- março 2018
- fevereiro 2018
- janeiro 2018
- dezembro 2017
- novembro 2017
- outubro 2017
- setembro 2017
- agosto 2017
- julho 2017
- junho 2017
- maio 2017
- abril 2017
- março 2017
- fevereiro 2017
- janeiro 2017
- dezembro 2016
- novembro 2016
- outubro 2016
- setembro 2016
- agosto 2016
- julho 2016
- junho 2016
- maio 2016
- abril 2016
- março 2016
- fevereiro 2016
- janeiro 2016
- dezembro 2015
- novembro 2015
- outubro 2015
- setembro 2015
- agosto 2015
- julho 2015
- junho 2015
- maio 2015
- abril 2015
- março 2015
- fevereiro 2015
- janeiro 2015
- dezembro 2014
- novembro 2014
- outubro 2014
- setembro 2014

