Chicletes com banana
Radicado no Rio desde 1952, o cantor e compositor baiano Gordurinha (Waldeck Artur de Macedo) teve sua primeira oportunidade artística ao gravar em dupla com Léo Vilar duas músicas para o carnaval de 56. O sucesso, porém, só aconteceria um pouco adiante com “Vendedor de caranguejo” (1958), “Súplica cearense” (1960) e principalmente com a gravação de “Chiclete com banana” por Jackson do Pandeiro em 1959 (ouça adiante!).
Um sacudido sambabop (embora na letra declare-se “samba-rock”), a composição propõe uma divertida troca de influências entre as músicas brasileira e americana: “Eu só boto be-bop no meu samba / quando o Tio Sam tocar um tamborim / quando ele pegar num pandeiro e num zabumba / quando ele aprender que o samba não é rumba / aí eu vou misturar Miami com Copacabana / chiclete eu misturo com banana / e o meu samba vai ficar assim…”.
Além de inspirar um espetáculo de Augusto Boal, “Chiclete com banana” deu nome a uma bem-sucedida banda baiana e às tiras de quadrinhos do cartunista Angeli. Em 1972, voltou a fazer sucesso ao ser incluída por Gilberto Gil no disco que marcou o seu retorno do exílio londrino (Confira em ‘O tempo não apagou’). Assinada a princípio somente por Gordurinha, é em algumas gravações apresentada com o nome de José Gomes (Jackson do Pandeiro) como co-autor e em outras com o de Almira Castilho.
Extraído de http://cifrantiga3.blogspot.com.br
Jackson do Pandeiro & Coro(1958)
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Lançada por Odete Amaral em 1958 (ouça adiante!). De acordo com Almira Castilho, a música foi composta por ela, Jackson e Gordurinha. Na época não puderam assinar a autoria juntos por pertencerem a sociedades autorais diferentes. Curiosamente a música, que criticava a invasão dos ritmos americanos, foi um dos maiores sucessos de Jackson do Pandeiro (nascido José Gomes Filho), que ganhou o apelido por imitar o ator Jack Perrin, herói americano de filmes de faroeste.
Extraído de http://antoniaadnet.com
Odete Amaral & Coro(1958)
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Gravação original deste samba clássico, bem-humorado e bastante conhecido, satirizando a influência dos EUA na MPB. De Jackson do Pandeiro, Gordurinha e Almira Castilho, foi gravado na Polydor por Odete Amaral em 2 de maio de 1958, sendo lançado em junho seguinte no 78 rpm número 258-B, matriz POL-3219. Um ano depois, Gordurinha e Jackson do Pandeiro fizeram seus próprios registros da composição, cujo título verdadeiro é mesmo “Chicletes com banana”, e não “Chiclete”, no singular, como se convencionou. Direitos fonográficos reservados à Universal Music International Ltda.
Extraído de Samuel Machado Filho
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” Eu só boto bebop no meu samba quando o Tio Sam tocar um tamborim”
Maior sucesso do disco que tornou a voz e o talento de Jackson do Pandeiro conhecido, “Chiclete com banana” tornou -se um dos forrós mais apreciados no Brasil.
Disco que tornou Jackson do Pandeiro nacionalmente conhecido.
A letra fala sobre a importância do samba e do problema de “internacionalizar” a música brasileira. Não podemos esquecer que o ritmo brasileiro que estourou em todo o mundo, a bossa-nova, estava começando em 1959. O samba tomava novos formatos e muitas letras eram traduzidas para o inglês. “Chiclete com banana” (chiclete – símbolo americano e banana – símbolo brasileiro) vêm então demonstrar como será a mistura do samba com a música norte-americana, principalmente o rock. O interlocutor diz que só aceita a introdução da música internacional no samba no dia que o Tio Sam (símbolo norte-americano) conseguir tocar um tamborim. A tentativa é, portanto, manter o samba puro.
Nesta canção, pela primeira vez aparece o termo samba-rock, fazendo alusão exatamente a mistura dos dois ritmos. Este tipo de mistura é hoje feito por grandes compositores e intérpretes brasileiros como Gilberto Gil, Seu Jorge e Jorge Ben Jor.
Extraído de https://musicasbrasileiras.wordpress.com/
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