Samba em prelúdio
Esta é a muito engraçada história contada pelo violonista Baden Powell, um dos maiores músicos do Brasil das décadas de 1960 e 1970, sobre a composição da música “Samba em prelúdio”, cuja letra Vinícius de Moraes fez.
Romântica e bela, a canção encontrou-se digna de uma letra de Vinícius.
Sentados à mesa com uísque e violão, iniciaram a empreitada criativa. Na terceira garrafa da bebida, enquanto a letra não saía, o poetinha, constrangido, disse achar que a música era plagiada de Frédéric Chopin, ao que Powell respondeu: “Você que bebeu demais e está implicando comigo”.
Quem resolveu o imbróglio foi Lucinha, então mulher de Vinícius, acordada às 3h da madrugada, já que era pianista e fã de Chopin, para descobrir se a música tinha ou não sido copiada de uma obra do compositor polaco do século XIX.
Ao constatar que as notas realmente eram originais de Powell, Vinícius ficou sem graça e disse: “Então, Baden, Chopin esqueceu de fazer essa”. Questão solucionada, Vinícius pôde, finalmente, sentar-se à máquina de escrever e de uma vez fazer a letra inteira da música.
Extraído do site http://jovempan.uol.com.br/
Ouça a canção contada (cantada) pelo próprio Baden, no programa Ensaio:
http://www.youtube.com/watch?v=3JO-bIgJzE8
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No final de 62, talvez considerando esgotado o ciclo bossa nova, ao lado de Tom Jobim, Vinícius de Moraes saiu de circulação, trancando-se em seu apartamento no ‘Parque Guinle’, para compor com o novo parceiro Baden Powell. Então, durante quase três meses, tempo em que consumiram vinte caixas de uísque, os dois fizeram 25 canções, o que deu uma media de 0,8 caixa por canção.
Dessa produção obsessiva resultaram os famosos afro-sambas e mais algumas composições fundamentais, como “Samba em prelúdio”, cuja letra pertence à vertente mais romântica da obra de Vinicius: “Eu sem você / sou só desamor / um barco sem mar / um campo sem flor / tristeza que vai / tristeza que vem / sem você, meu amor, eu não sou ninguém.”
Composto em forma contrapontística sobre um tema de Villa-Lobos (o prelúdio/introdução da “Bachianas n° 4”), “Samba em prelúdio” é classificado pelos autores como uma homenagem ao mestre. Seu sucesso imediato, puxado pela gravação de Geraldo Vandré e Ana Lúcia, na ocasião jovens iniciantes que o poeta procurava ajudar, seria confirmado por outras gravações como a do próprio Vinícius com Odete Lara (confira em ‘O tempo não apagou’) (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).
Extraído de http://cifrantiga3.blogspot.com.br
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A música, composta em 1962, teve sua primeira gravação em 1963 (ouça adiante!).
Geraldo Vandre & Ana Lucia(1963)
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Anos depois, num show em Petrópolis (RJ), Baden contou a história com mais detalhes:
http://www.youtube.com/watch?v=_Gl_ccPe-ps
Música gravada inicialmente por Geraldo Vandré e Ana Lúcia em 1963,
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