Quero que vá tudo pro inferno
Tal como Orlando Silva, que foi o primeiro ídolo de massa criado pelo rádio no Brasil, Roberto Carlos seria o primeiro criado pela televisão. A canção que marca o início desse reinado é “Quero que vá tudo pro inferno”.
Foi a partir de seu lançamento no programa “Jovem Guarda”, da TV Record, no final de 1965, seguido do disco homônimo, que Roberto Carlos se tornou o cantor-compositor pop de maior expressão na música brasileira, embora já frequentasse havia mais de três anos as paradas de sucesso. Aliás, o sucesso da canção e do programa foi tão forte que fez de Roberto, em pouquíssimo tempo, líder de audiência em televisão e campeão de vendagem de discos.
Naturalmente, para acontecer em plena década de 1960 um fenômeno desses teria que receber, como recebeu, o apoio maciço de uma poderosa agência de publicidade, no caso a Magaldi, Maia e Prosperi, que seguia padrões americanos. Mas, como o futuro mostraria Roberto Carlos — mesmo depois de deixar de ser novidade — manteria o prestígio, conquistando novos admiradores e conservando os antigos, o que é uma prova de talento e competência.
Poética e musicalmente pobre, alguns pontos abaixo do nível alcançado por canções posteriores (“De que vale o céu azul / e o sol sempre a brilhar / se você não vem / e eu estou a lhe esperar / (…) / quero que você / me aqueça neste inverno / e que tudo mais / vá pro inferno…”), “Quero que vá tudo pro inferno” é emblemático do primeiro estágio das carreiras de Roberto e de seu parceiro Erasmo Carlos, quando os dois representavam os papéis de jovens e rebeldes roqueiros (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).
Extraído de http://cifrantiga3.blogspot.com.br
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A Jovem Guarda foi uma revolução romântica muito apropriada para o período pós-64. Ela não incomodava o sistema, apenas alienava mais o cidadão. “Se o tipo de vestimenta e o uso de cabelos longos podiam representar rebeldia às normas sociais vigentes ou desejo de transformações, o conteúdo das canções o desmentia. A música “Quero que vá tudo pro inferno”, a mais importante na ascensão de Roberto Carlos, resume, de forma extremamente feliz, as tendências e perspectivas dos jovens e adultos adeptos da Jovem Guarda: individualismo, desinteresse pelos acontecimentos da época, certo comodismo e até apatia. A expressão “…e que tudo mais vá pro inferno” caracteriza muito bem (ainda que os autores não tivessem a intenção) o desinteresse por tudo o que estava ocorrendo na sociedade brasileira.”(CALDAS, 1995, p.54-55).
Extraído de “Filmografia da Jovem Guarda”, de Glênio Nicola Póvoas.
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De autoria da dupla Roberto & Erasmo Carlos, este iê-iê-iê clássico é a explosiva faixa de abertura do quinto LP do já então “rei da juventude”, intitulado “Jovem Guarda” (mesmo nome do programa de domingo à tarde que Roberto apresentou na TV Record de São Paulo entre 1965 e 1968, ao lado de Erasmo Carlos e Wanderléa), lançado pela CBS em dezembro de 1965 (ouça adiante!), e um dos hinos desse movimento musical, juntamente com “Festa de arromba” (também de Roberto e Erasmo) e “O bom” (Eduardo Araújo e Carlos Imperial). Sucesso espetacular, “Quero que vá tudo…” ainda seria o lado A do compacto simples nº 33409, matriz CBO-5547, e foi regravado até mesmo por duplas sertanejas. Anos mais tarde, por motivos de ordem religiosa (sempre foi católico devotado), Roberto Carlos deixaria de interpretar esta música em apresentações públicas. Ele próprio faria novo registro em 1975, mas este original ainda é o melhor. O acompanhamento é do conjunto do organista Lafayette.
Extraído de Samuel Machado Filho
Roberto Carlos & Lafayette e Conjunto(1965)
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As músicas “Quero que vá tudo prô inferno”, “Não quero ver você triste” e “A volta” foram inspiradas no namoro de Roberto com uma programadora musical de uma rádio do Rio chamada Magda Fonseca. O relacionamento durou três anos.
Extraído de http://www.maiscuriosidade.com.br
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Lançada inicialmente em compacto simples em 1965, “Quero que vá tudo pro inferno” é tida como uma marco na carreira de Roberto Carlos. Ela se tornaria seu maior sucesso na fase ‘Jovem Guarda” e um dos maiores hits de toda sua carreira. Febre nas rádios brasileiras, ela elevou Roberto Carlos a condição de fenômeno musical no país.
A música foi inspirada em Magda Fonseca, então namorada do cantor, e que estava nos Estados Unidos para fazer um curso de inglês. A letra expressava tanto a saudade que o cantor sentia de Magda quanto um desabafo – que tudo fosse para o inferno. Roberto compôs inicialmente a primeira parte da canção e a apresentou ao parceiro Erasmo Carlos, que o ajudou no restante da letra.
Depois de dois meses, Roberto finalizou a canção e, em agosto, encaminhou uma fita com sua gravação para Magda. Logo depois, o cantor apresentou “Quero que vá tudo pro inferno” para Othon Russo, diretor de relações públicas da CBS, que pediu a ele que a gravasse imediatamente e que ela seria a faixa de abertura do próximo LP de Roberto, chamado Jovem Guarda.
Em 1975, foi regravada para o LP “Roberto Carlos” – novamente como faixa de abertura de seu álbum anual. Mas com o passar do tempo, a crescente religiosidade do cantor, aliada à superstição causada pelo transtorno ibssessivo compulsivo, fizeram com que o cantor, a partir da década de 1980, banisse a canção de seu repertório. Roberto Carlos sequer mencionava o título da canção, pois sua doença fez com que ele evitasse pronunciar palavras como “mal” e “inferno”.
Extraído de https://pt.wikipedia.org
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“Quero que vá tudo pro inferno” é uma canção da dupla Roberto e Erasmo Carlos, gravada e lançada em 1965, como primeira faixa do álbum ‘Jovem Guarda’. É tida como marco inicial na carreira de Roberto Carlos e se tornaria seu maior sucesso, elevando-o a condição de fenômeno musical. Tão grande é sua influência que hoje figura em 19º. Lugar entre “AS 100 MELHORES CANÇÕES BRASILEIRAS DE TODOS OS TEMPOS”.
Mas independentemente de sua vontade ela é símbolo de uma época e hoje ocupa, merecidamente, um lugar entre as melhores de nossa MPB.
Na classificação da Revista Rolling Stone aparece em 19º. lugar a gravação com o próprio Roberto, mas eu fico com a interpretação da banda ‘Jota Quest’ (confira em ‘O tempo não apagou’), formada em Belo Horizonte, em 1993.
Extraído de Moacir Silveira no Youtube, em 12/11/2014
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