Quilombo dos Palmares
O Quilombo dos Palmares foi um quilombo da era colonial brasileira. Localizava-se na Serra da Barriga, na então Capitania de Pernambuco, região hoje pertencente ao município de União dos Palmares, no estado brasileiro de Alagoas.
Conheceu o seu auge na segunda metade do século XVII, constituindo-se no mais emblemático dos quilombos formados no período colonial. Resistiu por mais de um século, o seu mito transformando-se em moderno símbolo da resistência do africano à escravatura.
Extraído de http://pt.wikipedia.org
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Há 50 anos, o Salgueiro descobria Zumbi e o Quilombo dos Palmares
Em 1960, o Salgueiro começou a contar uma história que não estava nos livros escolares. A Academia do Samba trazia à Avenida Rio Branco – local dos desfiles na época – a saga do “Quilombo dos Palmares”, principal local da resistência negra contra a escravidão no país, localizado na área que hoje pertence ao estado de Pernambuco. E colocava em evidência, a vida de seu líder, Zumbi. O SRZD-Carnavalesco ouviu o autor do enredo “Quilombo dos Palmares”, Fernando Pamplona. Ele deu à escola tijucana seu primeiro título e deixou no Salgueiro, uma marca de uma agremiação inovadora e vanguardista.
– Ninguém tinha explorado a história do negro. Vi que a cultura negra não era retratada pelos próprios negros. Ele não exaltava sua história. E tínhamos poucos documentos sobre isso. Fiz a pesquisa com dois livros da Biblioteca do Exército. Os livros sobre a escravidão foram queimados pelo Rui Barbosa, não temos quase nada sobre isso. Alguns documentos estão apenas em Portugal – conta Pamplona sobre a medida do então ministro da Fazenda, Rui Barbosa, em 1890, que mandou incinerar todos os papeis, livros e documentos relativos à escravidão.
O decreto do ministro visava proteger o Tesouro do país contra pedidos de indenizações de ex-escravistas pelos efeitos da Lei Áurea, mas boa parte da história se perdeu. No entanto, o Salgueiro relembrou a vida de Zumbi, trazendo ainda uma nova estética para o carnaval. Pela primeira vez, o negro contaria sua própria história, com fantasias mais simples, sem utilizar tecidos finos, como cetim ou seda pura. Mas a tarefa de convencer os componentes do Morro do Salgueiro não foi nada fácil. Acostumados a desfilarem com fantasias luxuosas, muitos não gostaram da inovação de Pamplona. “Você tem vergonha de ser negro?”, perguntava o carnavalesco aos foliões.
– Não gosto de dizer que realizamos um resgate. Resgate é um termo meio bancário. Parece que estamos tirando algo e colocando em outro lugar. Mas posso dizer, que Zumbi foi o primeiro grito de liberdade do Brasil. Sempre gostei de cultura popular, desde a época do meu primário no Acre, onde morei por conta do meu pai. Quando era jurado em 59 e vi o Salgueiro contando sobre Debret (Viagem Pitoresca através do Brasil – Debret), fiquei encantado. Dei notas máximas pra escola e no ano seguinte me chamaram – conta Pamplona.
O clássico samba de Noel Rosa de Oliveira e Anescarzinho (ouça adiante!) ajudou a escola durante o desfile e transformou a passagem do Salgueiro naquela ano como antológica. No entanto, a escola tijucana dividiu o campeonato com Portela, Mangueira, Unidos da Capela e Império Serrano. Após perder no dia da apuração para Portela, o Salgueiro entrou com um recurso e depois de um acordo, cinco escolas levaram o título, mas apenas um desfile entrou na história.
Em 20/11/2009 esse texto de Ramiro Costa foi publicado no http://www.sidneyrezende.com
Noel Rosa de Oliveira & Coro(1974)
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