Ai, Ioiô
Este é considerado o primeiro samba-canção brasileiro, com melodia de Henrique Vogeler e versos de Luiz Peixoto e Marques Porto. Surgiu pela primeira vez sob o título de “Linda flor”, com letra de Cândido Costa, integrando a peça teatral “A verdade ao meio-dia”, versão brasileira de uma comédia argentina de J. G. Traversa, “La hija de papá”. Essa primeira letra foi gravada por Vicente Celestino (ouça adiante!). Em seguida, a composição de Vogeler recebeu novos versos, de Freire Júnior, e novo título, “Meiga flor”, com gravação de Francisco Alves (ouça adiante!). Porém, a versão que se popularizou foi justamente esta, com letra de Luiz Peixoto e Marques Porto, originalmente intitulada “Iaiá” e interpretada por Aracy Cortes na revista teatral “Miss Brasil”, ficando conhecida como “Ai, Ioiô”, primeiro verso da letra. A gravação, com a própria Aracy Cortes, e acompanhamento orquestral do palestino Simon Bountman, foi lançada pela Parlophon em março de 1929, disco 12926-A, matriz 2366 (ouça adiante!). “Ai, Ioiô” tem inúmeras regravações (confira em ‘O tempo não apagou’). Direitos fonográficos reservados à Universal Music Ltda.
Extraído de Samuel Machado Filho
Ai, Ioio ou Iaiá (Henrique Vogeler & Candido Costa) – Vicente Celestino(1928)
Ai, Ioio ou Meiga flor (Henrique Vogeler & Freire Junior) – Francisco Alves(1929)
Ai, Ioio ou Linda flor (Henrique Vogeler & Luiz Peixoto & Marques Porto) – Araci Cortes & Simon Bountman e Orquestra Parlophon(1929)
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A história se iniciou em 1928, com os versos de Cândido Costa não caindo bem na melodia de Henrique Vogeler, e se consagrou no ano seguinte, com Aracy Cortes cantando as palavras escritas por Luiz Peixoto e Marques Porto no espetáculo “Miss Brasil”. “Ai, Ioiô/ Eu nasci pra sofrer…”, começa a letra de uma composição que marcou a música brasileira.
Extraído de http://blogln.ning.com/
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Transcrição do Relato de João Máximo
Quem garante é o mestre Tinhorão. Henrique Vogeler passou a história da Música Popular Brasileira como o criador do moderno samba canção. Não há porque discordar, Vogeler, músico formado, bom pianista, inspirado compositor, tinha 40 anos quando começou a escrever para Revistas [Teatro de Revista] que se produziam uma após outra nos Teatros do Rio de Janeiro.
Uma dessas Revistas importadas de Buenos Aires foi montada aqui, em 1928, com o título – “A verdade ao meio dia”. Entre suas canções estava “Linda flor”, com música de Vogeler e letra de Cândido Costa.
Revista e canção não fizeram sucesso. A canção por causa de versos como – “Sim / Teu escravo serei / E a teus pés cairei / Ao te ver minha enfim” – e muito também pela interpretação exageradamente dramática da atriz Dulce de Almeida. Mas dramática ainda foi a gravação pelo vozeirão operístico de Vicente Celestino, a única com letra de Cândido Costa.
No fim daquele mesmo 1928, outra Revista chegava ao palco do Teatro Recreio. Era “Miss Brasil”, de Marques Porto e Luiz Peixoto. Coube a Luiz Peixoto desarquivar a melodia de Vogeler e escrever para ela uma letra muito melhor, rebatizada como “Iaiá”, depois “Ai, Ioiô”. “Linda flor” encontrou na fantástica Aracy Cortes, estrela da Revista, sua intérprete ideal, delicada, sentimental, porém contida. E o primeiro Samba Canção nasceu.
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No programa “Brasil Sonoro” levado ao ar no dia 11/06/2016, pela E-Paraná – 97,1 FM e 630 AM, a canção “Ai, Ioiô” foi por nós lembrada no quadro ‘QUAL DELAS ?’ (ouça adiante!).
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