Exaltação a Tiradentes
Joaquim José da Silva Xavier, o “Tiradentes” (Fazenda do Pombal, batizado em 12 de novembro de 1746 — Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792).
De acordo com levantamento feito pela psicóloga francesa Monique Augras em seu livro “O Brasil do Samba-Enredo” (FGV, 1998), Tiradentes foi o vulto nacional mais citado em sambas-enredo no período em que as escolas de samba eram obrigadas a abordar temas da História nacional (1948-75).
Mas foi só uma vez que o herói teve uma homenagem exclusiva: foi no bicampeonato do Império Serrano, em 1949, com o antológico “Exaltação a Tiradentes” (Mano Décio da Viola – Penteado – Estanislau Silva): “Joaquim José da Silva Xavier/ Morreu a 21 de abril/ Pela independência do Brasil/ Foi traído e não traiu jamais/ A inconfidência de Minas Gerais”.
Mano Décio tinha especial apreço pelo alferes, pois já no ano anterior apresentara, junto com Silas de Oliveira, nada menos que 3 sambas sobre ele. A escola preferiu apostar no tema “Antônio Castro Alves” (Altamiro Maio – Comprido). Mas 49 foi o ano de “Exaltação a Tiradentes”, apresentado por Mano Décio e Penteado num ensaio que arrebatou a escola. Estanislau entrou na parceria porque, tendo ouvido o samba, foi a Madureira pedir autorização para divulgá-lo no asfalto. Desta forma, foi o primeiro samba-enredo que sobreviveu ao desfile, sendo gravado por Roberto Silva apenas como “Tiradentes” e voltando a fazer sucesso no carnaval de 1955 (ouça adiante!).
“Exaltação a Tiradentes” foi um grande sucesso e chegou a ser gravada por diversos grandes nomes da música (ouça em ‘O tempo não apagou’), como Elis Regina, Cauby Peixoto, Chico Buarque de Holanda e Jorge Goulart.
Por Mara L. Baraúna em http://jornalggn.com.br
Roberto Silva & Coro(1955)
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“Tiradentes” foi o primeiro samba-enredo a ultrapassar os limites das escolas de samba e alcançar a consagração popular. Já houvera outros anteriormente, mais ou menos conhecidos, porém nenhum deles possuía, como “Tiradentes”, características de samba-enredo só fixadas nos anos cinquenta.
Cantado pela “Império Serrano” no carnaval de 1949, “Tiradentes” esperou seis anos para chegar ao disco e só o conseguiu quando o cantor Roberto Silva, conhecendo-o através de Mano Décio da Viola, resolveu gravá-lo.
E é Mano Décio que, em depoimento a Sérgio Cabral (para a coleção “História das Escolas de Samba”), conta como fez o samba: “Logo no meu primeiro ano (na Império Serrano), eu e o Silas de Oliveira fizemos um samba para o enredo “Tiradentes”, que não foi aceito. Fizemos três sambas e nenhum foi aceito. Aí, num domingo, sonhei que estava cantando uma música…”.
Esta música viria a ser a primeira parte de “Tiradentes”, à qual, no dia seguinte, Mano Décio acrescentou uma segunda com a ajuda do compadre Penteado. “Ele tinha um samba com a primeira parte fraca” – conclui o compositor – “mas uma segunda muito boa que aproveitamos”. “Tiradentes” tem seu ponto alto na primeira parte, em que ressalta por duas vezes a presença do acorde de subdominante menor, dando à composição um certo tom de dramaticidade.
Extraído de http://cifrantiga3.blogspot.com.br
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A História através do samba: “Exaltação à Tiradentes” – Império Serrano 1949
“Exaltação à Tiradentes”, de autoria de Mano Décio da Viola, Estanisláu Silva e Penteado, que rendeu o bi-campeonato à escola da Serrinha no carnaval de 1949: Joaquim José da Silva Xavier/ Morreu a 21 de abril/ Pela Independência do Brasil/ Foi traído e não traiu jamais/ A Inconfidência de Minas Gerais.
É fato que o samba, desde que surgiu no formato atual das escolas de samba, no final dos anos 20, no Rio de Janeiro, embora tenha se modificado ao longo das décadas, sempre esteve ligado à narração de fatos históricos brasileiros, ainda que, na contemporaneidade, este traço cultural esteja mais vinculado à questão financeira e de obtenção de patrocínios.
Mas, desta aliança entre o samba e a história, resultaram verdadeiras obras primas da música popular brasileira, que transcenderam a esfera do carnaval e do tempo e ficaram registradas eternamente em nossas memórias.
Uma destas obras, não por acaso a primeira a ser gravada em disco em 1955, é “Exaltação à Tiradentes”, de autoria de Mano Décio da Viola, Estanislau Silva e Penteado, que rendeu o bi-campeonato à escola da Serrinha no carnaval de 1949.
Bom, falar aqui da figura histórica de Tiradentes exaltada nesta obra seria, de certo ponto, redundância, uma vez que a magnífica letra deste samba já o faz de forma objetiva e digna do papel e da importância deste que é, até hoje, celebrado como mártir do Brasil e símbolo da coragem e da luta de nosso povo por sua liberdade.
Extraído de http://inverta.org
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