Foi a noite
De produção anterior à grande fase da parceria com Vinícius de Moraes, “Foi a noite” é uma das mais conhecidas composições do início da carreira de Tom Jobim. Sylvia Telles, sua lançadora – na época também uma iniciante – seria tempos depois a única profissional a tomar parte no primeiro espetáculo de bossa nova, realizado por vários amadores no Grupo Universitário Hebraico do Brasil no bairro carioca do Flamengo.
Originalmente editada em 78 rpm, a gravação de Sylvinha, acompanhada pela orquestra de Jobim, foi em 1957 incluída no primeiro elepê da cantora, intitulado “Carícia”. Num arranjo de Tom, para orquestra de cordas, trompa e uma sessão de palhetas, sob a regência de Leo Peracchi, tanto a melodia como a interpretação de Sylvia Telles provocaram uma impressão tão forte, que o então novo diretor artístico da Odeon, Aloysio de Oliveira, hesitou em rotulá-la como samba-canção (ouça adiante!).
Ele próprio declarou (em texto publicado num folheto que acompanha a coleção de discos “Bossa Nova, sua História, sua Gente” da Philips): “A gravação havia sido preparada pela direção anterior.(…) Entrei no estúdio ignorando a música, o arranjo e a intérprete.(…) O impacto que tive é até hoje indescritível. A construção melódica era uma coisa inteiramente nova dentro dos padrões brasileiros. O arranjo simples, impecável, fornecia uma sequência harmônica que enaltecia a melodia de um modo incomum. A interpretação era genial. Sylvia Telles conseguia com sua voz rouca e suave penetrar dentro da gente e mexer com todas as nossas emoções. Bem, eu estava definitivamente diante de uma coisa que não esperava encontrar. Era a bossa nova na sua maior expressão”.
Realmente, há até alguns entusiastas desta gravação que a consideram o marco inaugural da bossa nova. Não o era, porém: faltava a cota de participação de João Gilberto. Nos anos seguintes, “Foi a noite” teria sucessivas gravações (Cauby Peixoto, Helena de Lima, Almir Ribeiro, Tito Madi, Agostinho dos Santos e Carlos José) (Confira em ‘O tempo não apagou’), permanecendo como símbolo daquela era de reformulação de nossa música popular.
Extraído de http://cifrantiga3.blogspot.com.br
Sylvia Telles & Tom Jobim e Orquestra(1956)
X.X.X.X.X.X
Um dia, João Gilberto colocou toda a sua genialidade em gravação ao vivo (ouça adiante!).
Joao Gilberto ao vivo
X.X.X.X.X.X
Da amizade com Tom Jobim surgiu uma das parcerias que mais se destacaram naquela época, renovando o ambiente musical existente e criando uma nova linguagem, que denominariam mais tarde como “Bossa Nova”. Tom e Newton, não tinham noção da proporção que iria tomar aquelas belas horas de descontração dos dois pianistas (Tom ainda era mais violonista), de onde saíram pérolas inesquecíveis para nós, simples mortais. O início dessa história começa em 1957, com a música “Foi a noite”, na voz de Agostinho dos Santos, considerado por alguns especialistas como marco inicial da ‘Bossa Nova’ – primeira música da parceria Tom e Newton. Conta seu filho mais velho, Renato Mendonça, 52, que depois de passarem a noite inteira tocando e compondo, de manhã chegou Vinicius de Moraes e comentou: “A noite já foi… podem parar….” e aí Newton crava os dedos no piano e começa um acorde cantando ‘Foi a Noite….’ Renato conta que Tom e Newton, compunham brincando, com a maior facilidade. A casa vivia cercada de amigos como a cantora Silvinha Telles, por exemplo. O produtor do disco foi Aloysio de Oliveira, que, curiosamente, não conseguiu colocar ao lado do nome da música, o gênero a que pertencia (fato corriqueiro na época). Certamente, esse fato aconteceu por não conseguir identificá-la com nenhum gênero musical conhecido (ainda). Tudo que é desconhecido tem que ser batizado. Somente dois anos depois, quando João Gilberto gravou duas composições desses autores resolveu batizá-las como: Bossa Nova.
Extraído de http://www.sbacem.org.br
X.X.X.X.X.X
No programa “Brasil Sonoro” levado ao ar no dia 28/05/2016, pela E-Paraná – 97,1 FM e 630 AM, a canção “Foi a noite” foi por nós lembrada no quadro ‘QUAL DELAS ?’ (ouça adiante!).
Arquivo
- novembro 2025
- setembro 2020
- agosto 2020
- julho 2020
- junho 2020
- maio 2020
- abril 2020
- março 2020
- dezembro 2018
- outubro 2018
- setembro 2018
- agosto 2018
- julho 2018
- junho 2018
- maio 2018
- abril 2018
- março 2018
- fevereiro 2018
- janeiro 2018
- dezembro 2017
- novembro 2017
- outubro 2017
- setembro 2017
- agosto 2017
- julho 2017
- junho 2017
- maio 2017
- abril 2017
- março 2017
- fevereiro 2017
- janeiro 2017
- dezembro 2016
- novembro 2016
- outubro 2016
- setembro 2016
- agosto 2016
- julho 2016
- junho 2016
- maio 2016
- abril 2016
- março 2016
- fevereiro 2016
- janeiro 2016
- dezembro 2015
- novembro 2015
- outubro 2015
- setembro 2015
- agosto 2015
- julho 2015
- junho 2015
- maio 2015
- abril 2015
- março 2015
- fevereiro 2015
- janeiro 2015
- dezembro 2014
- novembro 2014
- outubro 2014
- setembro 2014

