Juazeiro
Como “Asa branca”, “Juazeiro” é um tema popular adaptado por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Simples, ingênua e de muito bom gosto, a letra (de Teixeira) transmite o lamento de um sertanejo, abandonado pela amada, que interroga a árvore, testemunha de seu amor: “Juazeiro seje franco ! ela tem um novo amô? / se não tem por que tu chora? / solidário à minha dô…”.
O verbo “roer”, que aparece em dois versos da canção, é muito usado no Nordeste com o significado de “remoer uma dor de cotovelo”. Já a melodia se aproxima do blues, com a sétima bemolizada – tão presente na música nordestina – e sua constante busca pela tônica.
Um clássico de nossa música popular, “Juazeiro” foi gravado indevidamente nos Estados Unidos,(segundo Humberto Teixeira) com título diferente e letra da cantora Peggy Lee, que alegou desconhecer a origem brasileira da composição. O fato repetiu, em condições idênticas, na França onde se transformou em “Le Voyageur”.
Extraído de http://cifrantiga3.blogspot.com.br
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Romance juvenil inspirou composição de ‘Juazeiro’
Osmar Frazão
Depois de 35 anos, após fugir de ‘Exú’, Luiz Gonzaga reencontrou o primeiro amor de sua vida, ‘Nazarena’, que havia conhecido na adolescência. Os encontros entre os dois aconteciam sob o pé de Juazeiro. O romance inspirou a composição que leva o mesmo nome da árvore típica do nordeste brasileiro.
Extraído de http://www.ebc.com.br
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Ouça ‘A canção contada’ por Targino Gondim & Coro ao vivo(2013)
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Foi Nazinha (Nazarena Milfont) que escreveu os nomes deles num pé de juazeiro. Foi saudando a árvore de infortúnio amoroso que Gonzaga e Teixeira criaram ‘Juazeiro’, uma das mais belas canções da MPB, lançada em 1949 (ouça adiante!).
Extraído de http://blogs.diariodonordeste.com.br
Luiz Gonzaga & Coro(1949)
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LUIS GONZAGA REENCONTROU, SIM, O GRANDE AMOR DA SUA VIDA
O filme “Gonzaga, de Pai para Filho” mostra várias vezes o compositor Luiz Gonzaga, já homem adulto, visitando o juazeiro em cujo tronco ele gravou as iniciais do nome dele e da sua grande paixão dos tempos de adolescente. Em nenhum momento, porém, o filme mostra (ou sugere) que o Rei do Baião reencontrou, um dia, a sua amada. Mas, esse reencontro aconteceu, com beijo e tudo. Pelo menos, foi o que contou o próprio Gonzagão aos repórteres Marcos Cirano, Ângela Belfort e Patrícia Raposo, em entrevista concedida 31 dias antes d’ele ser internado num hospital do Recife onde morreria. Confira essa apaixonante história.
Em entrevista exclusiva, concedida em seu apartamento em Boa Viagem à Ângela Belfort, Patrícia Raposo e Marcos Cirano, ele falou de sua vida. Mas, não daquilo que todos já sabem e, sim, de alguns detalhes que a sua memória, a mesma que em alguns momentos o traiu, conseguiu resgatar do tempo perdido entre o Araripe e as veredas sem fim de sua história.
(Esta entrevista, transcrita abaixo parcialmente, foi publicada pelo jornal Folha de Pernambuco, Recife, a 14 de maio de 1989. No dia 21 de junho de 1989 Gonzagão era internado no ‘Hospital Santa Joana’, onde morreria a 02 de agosto de 1989)
Pergunta – O senhor fugiu de casa sem avisar a ninguém? Por que?
Luiz Gonzaga – Foi, fugi sem avisar a ninguém, porque eu queria casar com uma moça, filha de um homem importante de Exu, e ele disse que eu era um sanfoneiro de merda e não podia casar com uma filha de um homem como ele. Aí, eu disse umas molecagens a ele, umas verdades sabe? Ele se queixou a meu pai e o meu pai, ó!…
Pergunta – Quem era o pai dessa moça? Era um líder político?
Luiz Gonzaga – Não, era dono de um sítio, tinha um bom cavalo de sela e isso já era suficiente pra ser um cidadão importante em Exu.
Pergunta – O senhor reencontrou essa moça quanto tempo depois?
Luiz Gonzaga – Meu encontro com ela foi a coisa mais linda do mundo, foi em Campo Grande (NR: bairro do Recife). Uns 30 anos, não, muito mais: uns 40. E, assim mesmo, fui enganado. Uma neta dela, que era estudante universitária (todo universitário gosta de botar os outros pra frente), foi me visitar no hotel, porque sabia da história da avó dela comigo. Foi me entrevistar, depois me convidou pra almoçar na casa de uma família de Exu, sem me avisar nada. Isso aconteceu em Campo Grande, já na década de 70. Quando chegamos lá, tava a patota toda dessa família…
Pergunta – E aí, o que foi que aconteceu?
Luiz Gonzaga – Aí, houve o nosso encontro. Ela não era ‘brobó’, era uma cabocla até inteligente, foi um encontro sensacional. E, à noite, no show, numa quadra lá, eu comecei a contar esse encontro maravilhoso que tinha se realizado em Campo Grande. Aí, a moça que me levou na casa dela gritou:
– Ela tá aqui.
O povo aproveitou: “Vai, vai, vai…” Aí eu disse: Nazarena, chegue aqui! Ela chegou, baixinha, avó de muitos netos e o público começou a gritar: “Beija, beija…” Beijei. Fui aplaudidíssimo. Foi uma coisa louca… Minha vida tem cada história…
Pergunta – E esse tempo todo não saiu nenhuma musiquinha pra ela?
Luiz Gonzaga – Não, porque eu tinha medo do pai dela. No tempo desse encontro em Campo Grande, ela já era viúva, não tinha problema, mas são histórias que… Só se eu fosse um grande poeta. Poesia nunca me entrou, sou apenas de histórias reais. Poderia ter saído daí uma coisa bonita, mas eu não sou bom pra isso. Sou bom pra criar coisas interessantes, mas sempre com uma poesia boa de poetas amigos meus. Não tive ideia de fazer nada sobre essa história, até mesmo porque esse nosso encontro já foi muito tarde, no final dos anos 70. Minhas histórias quase sempre são reais. Querem ver uma história real?… Gonzagão chama o sobrinho e, com a sanfona do sobrinho, cantam a música “Dá licença pra mais um”.
Extraído de http://www.pe-az.com.br
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