O amor em paz
Composto em 1960, numa viagem de trem entre o Rio de Janeiro e São Paulo, “O amor em paz” destinava-se ao lançamento de um programa de televisão de Agostinho dos Santos. Mas o público ignorou a versão de Agostinho (Confira em ‘O tempo não apagou’) e, em seguida, a da cantora Marisa Gata Mansa, só tomando conhecimento da canção um ano depois, quando João Gilberto a gravou em seu terceiro elepê.
Realizada em setembro de 61, esta gravação tem um soberbo arranjo de Tom Jobim e a sua irretocável participação ao piano (ouça adiante!). Pode-se dizer que ela transmite toda a força da composição, uma das mais pungentes da parceria Tom e Vinícius — a velha história do amor perdido, sofrido, lamentado e a expectativa de paz que renasce com a descoberta de um novo amor, arrematando-se o poema com a romântica reflexão: “O amor é a coisa mais triste quando se desfaz.”
A mesma nota tônica inicial (“Eu”, no verso “Eu amei”) é harmonizada com um acorde menor no primeiro compasso e um maior no segundo, prosseguindo esse jogo ao longo dos 16 compassos de Ai e A2, mais os oito de B e da coda, esta com um final bachiano passando do acorde de tônica menor para o de tônica maior. Essas alternâncias harmônicas acompanham, em perfeita integração com a letra, as situações de tristeza pelo amor perdido e de alegria pelo reencontrado.
É uma brilhante criação no mais sedutor aspecto que caracteriza a música de Antônio Carlos Jobim, a composição harmônica. Bem gravado no Brasil, “O amor em paz” recebeu no exterior, com o título de “Once i loved”, várias gravações de cantores (Perry Rio, Sinatra, Ella Fitzgerald) e jazzistas importantes (Milt Jackson, McCoy Tyner, Wes Montgomery).
Extraído de http://cifrantiga3.blogspot.com.br
Joao Gilberto(1961)
X.X.X.X.X.X
Samba clássico da bossa nova, concebido pela profícua parceria Tom Jobim-Vinícius de Moraes. Interpretado por Agostinho dos Santos, com suporte orquestral de Waldemiro Lemke, foi um dos sucessos do álbum “Agostinho, sempre Agostinho”, lançado pela RGE em maio de 1960, recebendo inúmeras gravações posteriores (Confira em ‘O tempo não apagou’). Direitos fonomecânicos reservados à Comercial Fonográfica RGE Ltda. (Som Livre). ISRC: BRSGL-6000003.
Extraído de Samuel Machado Filho
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