O xote das meninas
“O xote das meninas” é um xote de Luiz Gonzaga e Zé Dantas, gravado originalmente pelo primeiro em disco RCA Victor, em 5 de fevereiro de 1953 (ouça adiante!), para o suplemento de maio daquele ano, tornando-se uma das peças mais populares de seu repertório. Gonzaga regravou-o seis anos depois, para seu LP “Meus Sucessos com Zé Dantas” e uma versão apenas instrumental, em 1972, para o LP “São-João Quente”.
Segundo Zé Dantas: Seus versos iniciam cantando o mandacaru, um cacto que independe da chuva para florescer, fenômeno esse que, quando acontece no período da seca, deixa o caboclo crente de que a trovoada se aproxima. Tal superstição nos levou a estabelecer uma símile entre a flor de mandacaru, sinal prodrômico da chuva que chega dando fecundidade à terra, e a menina que, enjoando da boneca, torna-se mulher.
Extraído de https://pt.wikipedia.org
Luiz Gonzaga(1953)
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Se visto pela lente poundiana, Luiz Gonzaga pode ser classificado como um inventor. O rei do baião soube traduzir as filigranas dos ritmos (crus) do sertão nordestino e apresentá-los com sabor urbano. Xote, xaxado, baião, entre outros tantos, foram enriquecidos pela mirada sonora genial de Luiz Gonzaga.
“O xote das meninas”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas, lançado em 1953, em 78 RPM, e reunido na coletânea A história do Nordeste (1954), enfatiza o balanço xote, com sua cadência marcadamente forte – pela sanfona, triângulo e zabumba – e andamento rápido.
Diferente da gravação, também de Gonzaga, de 1959 – mais frouxa e dengosa -, a gravação de 1953 sublinha os breques que identificam o gênero.
A letra trata dos ciclos da vida, tanto do mandacaru, quanto da menina cantada. Se o fato da fulô fulorá é o sinal que a chuva chega no sertão, toda menina que enjoa da boneca é sinal que o amor chegou no coração. A comparação é rústica e precisa.
Ou seja, o tema é a puberdade e a fertilidade que chegam com a mudança de estação. E a força da natureza é tão assustadoramente inexplicável que o doutô nem examina a menina, pois já sabe o diagnóstico.
Há uma verdade vital (da natureza) que se reproduz na vida humana. A imagem-metáfora do mandacaru que ‘fulora’ e da menina que se enfeita é bela e arrebatadora. E o refrão afirmativo contrasta com as negativas do final de cada estrofe, dando graça e reiterando o ciclo da vida da menina que desabrocha para os prazeres e apelos do sabor de namorar.
Extraído de http://365cancoes.blogspot.com.br
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No programa “Brasil Sonoro” levado ao ar no dia 27/02/2016, pela E-Paraná – 97,1 FM e 630 AM, “O xote das meninas” foi por nós lembrado no quadro ‘QUAL DELAS ?’, juntamente com os 95 anos de nascimento de Zé Dantas (ouça adiante!),
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