Pois é, prá que?
A canção “Pois é, prá que?” foi lançada pelo próprio autor, Sidney Miller, no álbum ‘Brasil, do Guarani ao guaraná’, da gravadora Elenco, em 1968. Obra que retratou o momento cultural e histórico vivido pelo país.
Sidney Miller(1968)
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Sidney Miller com “Pois é, pra quê?”
Em 26/02/2013 por Jair Fonseca
Sidney Miller, um dos grandes compositores brasileiros, e dos mais deslocados, com seu clássico “Pois é, pra quê”, o mais belo canto do desencanto no Brasil da ditadura. Não conhecia o registro ao vivo desse artista extraordinário – que tinha fobia dos palcos – menos de um ano antes de seu (possível) suicídio em 1980. Lembremo-nos de Sidney!
Extraído de http://jornalggn.com.br
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A letra, inicialmente forte, quase parece uma sequência trágica de notícias de jornal, traz-nos o quase TRÁGICO embalado em ritornelos melódicos.
Mas o mais belo talvez seja a constatação da falta de motivos para tanta coisa numa voz calma e tranquila: o cantor não se desespera nem com as coisas terríveis que vê, nem com a falta de sentido e de finalidades para tudo isso.
E segue assobiando pela vida, não creio que seja por alienação ou egoísmo, mas porque talvez nunca encontremos sentidos nas coisas porque, de fato, elas, realmente não tenham sentido algum.
“E se um dia, ou uma noite, um demônio lhe aparecesse
furtivamente em sua mais desolada solidão e dissesse: “Esta vida, como você a está
vivendo e já viveu, você terá de viver mais uma vez e por incontáveis vezes; e
nada haverá de novo nela, mas cada dor e cada prazer e cada suspiro e
pensamento, e tudo o que é inefavelmente grande e pequeno em sua vida, terão de
lhe suceder novamente, tudo na mesma sequência e ordem – e assim também essa
aranha e esse luar entre as árvores, e também esse instante e eu mesmo.”
(NIETZSCHE)
Extraído de http://professorantonior.blogspot.com.br
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Quando ouço “Pois é, prá quê?”, fico com a impressão de estar passivamente folheando um jornal. A letra traz cenas do cotidiano e inquietações humanas que de tão comuns, apesar de intensas, não pintando novos quadros, mantêm vivos aqueles que me foram pintados décadas atrás. Passa o tempo, são desenvolvidas novas tecnologias, mas o homem continua o mesmo – eu continuo o mesmo. E isso me deixa triste.
No entanto, de alguma forma essa música mexe comigo.
Quando a ouço na interpretação do MPB-4 (Ruy Faria) sinto um aperto no peito que não sei descrever (confira em ‘O tempo não apagou’). Talvez seja pela sensação de angústia, de descaso, de conformismo que o MPB-4 consegue transmitir em cada estrofe. Pois tudo isso ocorre ao mesmo tempo em que a vida vai passando e o desejo de transformar vai ficando adormecido. Essa indiferença, aliada à luta acomodada na “revolta latente” é o que incomoda.
Quando ouço “Pois é, prá quê?” me lembro do seu autor – o Sidney Miller – e da sua história. Eu ainda era menino. Ele surgiu como compositor envolvido com festivais; compôs trilhas sonoras para peças teatrais e cinema. Lembro-me também – e especialmente – dos paralelos que foram traçados entre ele e o Chico Buarque no início da carreira de ambos.
Ouço a música e me entrego à “revolta latente” estampada nos primeiros anos de compositor do seu autor; termino por assistir, ressentido, a descrença por ele assumida no final de sua vida.
Tudo isso vai se diluindo nos fluidos do meu pensamento à medida que, entrando pelo meu coração, a música me consome por inteiro e se desvanece… na fumaça de um cigarro que não fumo.
Extraído de http://eliasguara.blogspot.com.br
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Em 12/03/2012 por Messias Mendes
Sidney Miller tinha uma ligeira semelhança com Chico Buarque, não semelhança física, mas no talento. Além da timidez, os dois tinham em comum a temática urbana e uma técnica apurada na forma de fazer letras. Tornaram-se os compositores preferidos de Nara Leão, que no disco “Vento de Maio” lançou quatro músicas de Chico e cinco de Sidney Muller. Mas a que marcou mesmo foi “POIS É, PRA QUE?”, gravada de forma magistral pelo MPB4.
Faleceu jovem, em 1980 com 35 anos de idade, de infarto agudo no miocárdio.
Extraído de http://blogs.odiario.com
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