Prá dizer adeus
Lista: 10 músicas imperdíveis segundoTom Jobim
“Pra dizer adeus” ( Edu Lobo e Torquatto Neto)
Tom considerava Edu um de seus filhos musicais. Ao escrever um texto em um disco de Edu, Tom disse: “Eu voz saúdo em nome de Heitor Villa-Lobos, teu avó e meu pai – Um Antônio Brasileiro”. Nos anos 60, Edu freqüentava o Beco da Garrafas – endereço da Bossa Nova – e em 1961 fez sua primeira parceria com Vinícius. Na mesma época, conheceu Torquato Neto – baiano que passava uma temporada no Rio de Janeiro . “Trabalhamos durante três meses, foi quando fizemos ‘Veleiro’, ‘Lua nova’ e ‘Pra dizer adeus’, que considero uma das minhas três melhores músicas”, disse Edu. Tom também adorava a música, que foi incluída no disco em que eles fizeram juntos, em 1981, “Edu & Tom, Tom & Edu” (ouça adiante!).
Extraído de http://www.premiodemusica.com.br
Edu Lobo & Tom Jobim(1981)
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Prá Dizer Adeus a Torquato Neto
Quatro décadas depois, legado de Torquato Neto permanece vivo.
Por Nayene Montelles, em 11/11/2011
“A importância de Torquato Neto vai aparecer naquilo que ele fez e disse” (Toninho Vaz). Certamente, foi isso que ocorreu. O poeta, letrista, jornalista, ator e cineasta piauiense Torquato Neto se despediu da vida há exatos 39 anos. ‘O sujeito dispersivo’, como o denominou o compositor Edu Lobo, é ainda hoje um dos grandes nomes da cultura piauiense que se projetou em todo o Brasil.
Com um vasto conjunto de obras e amizades, Torquato Neto foi um dos fundadores do movimento Tropicália. Amigo de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Nara leão e outros grandes nomes da cultura brasileira, Torquato se destacou pela irreverência e rebeldia.
“A vida breve, mas fecunda, de Torquato Neto é uma síntese da grandeza, mas também dos abismos que definem a cultura alternativa e rebelde dos anos 60 e 70”, diz o escritor José Castello.
A sua rebeldia figurava também em sua aparência. Seus cabelos compridos e roupas ao estilo hippie o configurava como um homem que recusava o mundo que vivia. “Ele tinha a vontade de destruir o mundo para, nesse mesmo gesto, fazer o parto de um novo”, acrescenta Castello.
Longe dessas definições e interpretações de Torquato, seu primo e admirador, George Mendes, tinha apenas 14 anos quando Torquato se suicidou.‘Eu era o menininho que olhava seu ídolo e que tinha a chance de chegar perto dele’, diz George com satisfação. Sem ousar definir Torquato ou mesmo imaginar o que o poeta era e pensava, como fizeram os autores citados, George nos conta um pouco as suas impressões de Torquato Neto:
Bom, eu costumo dizer que o Torquato é um artista multimídia. Provavelmente, um dos maiores artistas multimídia do Brasil e o primeiro do Piauí. Torquato trabalhou em música, no cinema, literatura e exerceu o jornalismo cultural durante muito tempo. Ele é uma artista de várias linguagens, que são sintetizadas na poesia. A sua essência era a poesia. E como poeta foi compositor, ele compôs letras de música, ele morreu sem deixar um livro publicado de poesia, propriamente dita, mas tem dois livros a serem publicados. Atuou como cineasta, ator, roteirista e artista plástico. Uma coisa que é instigante no Torquato é a gente lembrar que ele morreu tão jovem e construiu uma obra tão instigante, tão vasta e ao mesmo tempo tão quantitativamente pequena. Em dez anos, ele foi capaz de construir uma obra tão inovadora, de tal forma que ela conseguiu se eternizar no tempo. Para você ter uma ideia, as obras de Torquato foram construídas em uma trajetória que começa em Teresina, vai a Salvador, Rio de janeiro, São Paulo, Londres, Paris e Rio, onde ele terminou falecendo.
Extraído de http://blogdomarciotavares.blogspot.com.br
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Torquato se matou um dia depois de seu 28º aniversário, em 1972. Depois de voltar de uma festa, trancou-se no banheiro e abriu o gás. Sua mulher dormia em outro aposento da casa. O escritor foi encontrado na manhã seguinte pela empregada da família.
Sua nota de suicídio dizia:
“FICO. Não consigo acompanhar a marcha do progresso de minha mulher ou sou uma grande múmia que só pensa em múmias mesmo vivas e lindas feito a minha mulher na sua louca disparada para o progresso. Tenho saudades como os cariocas do tempo em que eu me sentia e achava que era um guia de cegos. Depois começaram a ver, e, enquanto me contorcia de dores, o cacho de banana caía. De modo Q FICO sossegado por aqui mesmo enquanto dure. Ana é uma SANTA de véu e grinalda com um palhaço empacotado ao lado. Não acredito em amor de múmias, e é por isso que eu FICO e vou ficando por causa deste amor. Pra mim chega! Vocês aí, peço o favor de não sacudirem demais o Thiago. Ele pode acordar”.
Thiago era o filho de dois anos de idade.
Extraído de https://pt.wikipedia.org
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Laura Macedo: Pra dizer adeus a Torquato Neto
10 de Novembro de 2011
Dois anos depois (1962), Torquato rumo à Cidade Maravilhosa. Lá termina o científico e, por dois anos, cursa jornalismo na Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil.
Ainda no Rio de Janeiro foi apresentado a Edu Lobo, pelo cineasta Rui Guerra, engendrando de imediato uma parceria musical que, apesar de curta, foi marcante para ambos.
Edu Lobo fala da parceria: “Trabalhamos durante três meses, foi quando fizemos ‘Veleiro’, ‘Lua nova’ e ‘Pra dizer adeus’, que considero uma das minhas três melhores músicas, ainda que só três anos depois fossem estourar”.
Extraído de http://www.pcdob.org.br
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Voltando ao tema sobre o verdadeiro motivo de seu “ato tresloucado” (expressão que os repórteres de polícia costumavam usar quando se referiam a suicídios), com base nos versos do samba-canção que Torquato compôs, em parceria com Edu Lobo, pouco antes de morrer, “Pra dizer adeus”. Tudo leva a crer que ele sofrera com a perda da mulher amada: “Adeus, / Vou pra não voltar / E onde quer que eu vá / Sei que vou sozinho / Tão sozinho, amor / Nem é bom pensar / Que eu não volto mais / Pra esse meu caminho… Ah, pena eu não saber / Como te contar / Que o amor foi tanto / E no entanto eu queria dizer / Vem, eu só sei dizer vem / Nem que seja só / Pra dizer adeus.
E é óbvio que esse adeus não era dirigido à sua esposa Ana Maria, a quem, no citado manuscrito enigmático, exaltava como “uma santa de véu e grinalda”.
Extraído de http://www.bsbcapital.com.br
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Edu Lobo – 70 Anos
Extremamente revelador e tocante, como quando Edu fala sobre Torquato Neto, seu parceiro em “Prá dizer adeus”. Edu conta o impacto quando soube através de uma notícia dada no rádio sobre o suicídio cometido por Torquato e acaba fazendo uma nova releitura daquela letra. Uma letra que parecia ser de amor, se transforma subitamente numa despedida: “Adeus/ Vou prá não voltar/ E onde quer que eu vá/ Sei que vou sozinho/ Tão sozinho amor/ Nem é bom pensar/ Que eu não volto mais/ Deste meu caminho…”
Extraído de http://botequimcultural.com.br
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A descobridora dos novos compositores
Luiz Fernando Vianna em 15/01/2012
A busca constante de Elis Regina por repertório catapultou a carreira de jovens talentos, como João Bosco e Ivan Lins.
Elis Regina é da mesma geração de Nana Caymmi, Maria Bethânia e Gal Costa, mas nenhuma outra grande intérprete ficou tão associada ao lançamento de novos compositores. Essa busca traduz o quão inquieta era.
Após se livrar de um início comercialoide — em que tentaram usá-la para desbancar Celly Campello —, ela cresceu com as dicas de repertório do então namorado Edu Lobo, de quem gravou “Arrastão” (vencedora do Festival da Excelsior, em 1965), “Upa neguinho”, “Pra dizer adeus” e outras.
Extraido de http://oglobo.globo.com
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Em janeiro de 1966, Elis Regina viajou para a Europa, onde ficou até o início de março. Fez shows em Lisboa e Luanda com Jair Rodrigues e o Zimbo Trio. No mesmo ano, lançou o disco “Elis”, o segundo pela CBD-Philips, no qual foi gravada, pela primeira vez, uma música de Milton Nascimento: “Canção do sal”, além de “Roda” (Gilberto Gil – João Augusto) e “Prá dizer adeus” (Edu Lobo – Torquato neto)(Confira em ‘O tempo não apagou’).
Extraído de http://www.cantorasdobrasil.com.br
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