Do re mi
Um dos patrocinadores do programa do Chacrinha (à época, ainda no rádio) era uma tradicional indústria carioca, a U.F.E., fabricante do Sabão Português. Entusiasmado com algumas composições que lhe mostrara o dono da fábrica, o lusitano Fernando César (Fernando César Pereira), Chacrinha insistia junto à amiga Dóris Monteiro para que ela o conhecesse. A cantora, porém, resistia, duvidando que um fabricante de sabão fosse capaz de fazer música.
Até que um dia, atendendo ao pedido do radialista, conheceu Fernando César e adorou suas composições. Tanto assim, que logo escolheu o samba-canção “Dó-Ré-Mi” (que tinha Arlete, mulher do autor, como musa) para gravar (ouça abaixo!): “Você é corpo e alma / em forma de canção / você é muito mais do que / em sonho eu já vi / você é dó, e ré-mi-fá / e sol-lá-si…”.
“Dó-Ré-Mi” fez sucesso imediato nas paradas radiofônicas de 1955. Dóris tornou-se, então, uma das intérpretes favoritas de Fernando César (chegou a lançar um elepê só com músicas suas) .
Extraído de http://cifrantiga3.blogspot.com.br
Doris Monteiro & Tom Jobim e Orquestra(1955)
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Entrevista de Doris Monteiro à Raphael Vidigal em 28/10/2014:
CINEMA
A música que lançou Dóris ao estrelato ficou 5 meses em primeiro lugar. Logo em seguida aparecia um convite até ali inesperado na carreira da garota. O cineasta Alex Viany telefonou para Almirante na TV Tupi e expressou o desejo de contar com Dóris Monteiro em seu próximo filme. “Participei de oito filmes e ganhei o prêmio de melhor atriz por ‘Agulha no Palheiro’. Fizemos o teste nas Laranjeiras, e o Alex Viany foi muito gentil. Na verdade não houve teste porque ele me disse uma coisa que nunca vou esquecer: ‘Então amanhã gostaria que você estivesse aqui às 9 horas da manhã para tirar a medida das roupas’. Eu respondi: ‘Mas e o teste?’, ao que ele retrucou: ‘Não precisa, você é a pessoa certíssima pro papel’”, refaz o diálogo orgulhosa. Em 1954, Dóris grava “Rua sem sol”, também de Alex Viany, em que interpretava uma personagem cega e contracenava com a atriz Glauce Rocha e Carlos Alberto, entre outros atores de destaque. “Fui presenteada com uma página inteira na revista ‘Manchete’”.
“As reportagens diziam que eu era uma atriz de verdade, espontânea. Tudo meu acontece de uma maneira muito natural. Essa é uma sorte que Deus me deu”, faz questão de assinalar Dóris Monteiro. Ainda com relação ao primeiro encontro com o cineasta Alex Viany, Dóris relembra passagens importantes. “Ele me perguntou por que eu queria ser cantora, e respondi: ‘olha, foi uma coisa que aconteceu. Na minha família não tem ninguém cantor’”, pontua. “Meus pais eram pessoas humildes. Trabalhavam no prédio onde moro até hoje, fui criada aqui e depois comprei um apartamento. Sempre fui muito espirituosa. As pessoas ainda dão muita risada comigo”, afirma. Ao mesmo tempo em que fazia sucesso nas telonas, Dóris lançava outra música de sucesso, e totalmente diferente do que se ouvia na época. Em 1955, apareceria com “Dó-ré-mi”, um samba-canção de Fernando César. “Fiquei apaixonada, doida com a música! Trazia um alto-astral, uma alegria, uma paz!”.
FELICIDADE
“Naquela época as músicas só falavam de desgraça, traição, miséria, abandono, choro, e vem o Fernando César com uma música que falava de felicidade, que começava assim: ‘eu sou feliz…’”, cantarola. “Infelizmente o Fernando César não teve a mídia que merecia, era um autor maravilhoso, gravei um LP só com músicas dele”, lamenta e elogia. Mas a própria Dóris Monteiro desconfiou, a princípio, da capacidade do posterior pupilo. “O Chacrinha queria que eu o conhecesse, e eu disse: ‘como um sujeito que tem uma fábrica de sabão vai ter sensibilidade para escrever uma música delicada, amorosa?’. Esse era o estilo que eu gostava de cantar. Mal sabia eu, ainda bem que dei o braço a torcer e acreditei no Chacrinha”, admite. O encontro entre os três na casa do compositor trouxe para Dóris Monteiro além do conhecimento de um compositor sensível, e de diversos sucessos na carreira, uma amizade para a vida inteira com a esposa de Fernando César, Arlete.
“Fui muitíssimo bem recebida e nunca mais larguei os dois de lado”.
Extraído de http://www.esquinamusical.com.br
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Dóris Monteiro canta “Dó-ré-mí” no filme brasileiro de 1957, “De vento em popa” da produtora Atlântida. Filme de Carlos Manga com Oscarito, Cyll Farney, Sonia Mamede e grande elenco.
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Em 1955, Dóris Monteiro gravou o samba-canção “Dó-ré-mi”, cuja letra dizia: “Você é corpo e alma, em forma de canção, você é muito mais do que, em sonho eu já vi, você é dó, re-mi-fá, e sol lá si, …”. O samba-canção foi o sucesso nas paradas deste ano. Dóris tornou-se, assim, uma de suas intérpretes favoritas (de Fernando Cesar).
Extraído de http://dicionariompb.com.br/
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