Risoleta
Entre os improvisados instrumentos de percussão, o que mais marcou os intérpretes foi sem dúvida o chapéu de palha, que era moda entre os almofadinhas. Quem primeiro o usou como elemento de ritmo foi o cantor Luís Barbosa. Iniciou-se na vida artística tocando pandeiro de aro de aço, porém, para ele, muito magro e já minado pela tuberculose, era um tour de force, com dez minutos cansava.
A convite do compositor Nássara (“Mundo de Zinco”, “Alá lá ô”, “Periquitinho verde”, etc.) nasceu como cantor. Com excelente balanço, cantando num estilo coloquial muito antes da bossa nova, despertou logo atenção. Um dos seus maiores êxitos foi “Risoleta” de Raul Marques e Moacir Bernardino.
O título da música tornou uma jovem de nome Risoleta admiradora incondicional do cantor, pelo fato de a música levar seu nome.
Risoleta passou a telefonar para Luiz Barbosa que, quando a conheceu, percebendo a sua juventude em flor, fez com entre os dois ocorresse apenas uma boa amizade.
Mais tarde, Risoleta foi para o rádio e adotou o pseudônimo de Simone Moraes. Tornou-se amiga da mãe do cantor, que chamava-se Bela, mãe de Barbosa Junior e Paulo Barbosa, rádio-ator e compositor respectivamente.
A versão da canção “Fascinação”, escrita por Armando Louzada, diretor da Rádio Mayrink Veiga e mais tarde da Rádio Nacional, foi feita para ela, Simone Moraes, que com ele iria se casar. “Fascinação” teve um imenso sucesso na voz de Carlos Galhardo, e servia de fundo musical para o programa “Crônica da Cidade” (Histórias do Frazão).
Extraído de http://cifrantiga3.blogspot.com.br
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RELATO DE JOÃO MÁXIMO
Foi em reportagem de dois companheiros de jornal, Marcos de Castro e Amauri Monteiro, que soubemos um dia que Risoleta – cantada no samba de breque de Raul Marques e Moacir Bernardino – não era personagem de ficção. Risoleta realmente existiu. Foi há mais de oito décadas figura conhecida e respeitada nos redutos de bambas, no Rio. Malandra de dá rasteira e acabar com festa.
A reportagem foi publicada em 1981 e mostra o reencontro de Raul Marques com Risoleta. Ele com 68 anos e ela com 75. Foi citada, recentemente, pelo pesquisador Gerdal José de Paula em artigo que lamenta, com razão, o fato de Raul Marques não ter sido lembrado no ano de 2013, que faria cem anos.
“Risoleta”, o samba de breque fez sucesso. É provável que a maioria a conheçam pelas gravações de Moreira da Silva, ou Roberto Silva ou mesmo Dilermando Pinheiro. Mas seu lançador foi um intérprete tão bom, ou melhor que os três – Luiz Barbosa. Como se dizia então “o cantor com sorriso na voz”.
Segundo o mestre Lúcio Rangel os discos jamais fizeram justiça a voz e bossa de Luiz Barbosa – boêmio crônico -, que morreu com os pulmões fracos aos 28 anos.
Explica Lúcio Rangel que Luiz Barbosa, o sambista, só era ele mesmo de madrugada quando cantava de graça pelas esquinas do Rio ou nas casas de fãs e amigos. Ao passo que os discos gravados, sempre na parte da manhã, só registravam a voz cansada de quem acabara de sair da cama. Mesmo assim Luiz Barbosa deixou discos admiráveis. Um deles de 1937 – “Risoleta” (ouça adiante!).
Extraído de http://blogln.ning.com
Luis Barbosa & Conjunto Boemios da Cidade(1937)
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