Saia do caminho

Custódio Mesquita & Evaldo Rui

É um samba-canção composto por Custódio Mesquita (1910-1945) e Evaldo Ruy (1913-1954).

Música gravada originalmente em 1946 por Aracy de Almeida (ouça adiante!). Foi gravada também por Dalva de Oliveira, Ângela Maria, Gal Costa, Isaura Garcia, Elza Soares, Miúcha, Nana Caymmi, Nelson Gonçalves e outros cantores (confira em ‘O tempo não apagou’).

Um requintado samba-canção, dos melhores da dupla Custódio/Evaldo Rui, “Saia do caminho” conta a história de uma resignada separação: “Junte tudo o que é seu / seu amor, seus trapinhos / junte tudo o que é seu / e saia do meu caminho…”.

Embora bem apropriado para voz feminina, de preferência suave e romântica, “Saia do caminho” estava destinado por Custódio ao então iniciante cantor Jorge Goulart. “A gravação estava marcada para o dia 14 de março de 1945” lamenta Jorge – “só não se realizando porque Custódio morreu na véspera.”

“Saia do caminho” esteve presente na trilha sonora da novela “Vida nova” (Miucha e Tom Jobim – 1988/1989).

Extraído de http://museudacancao.blogspot.com.br/

Aracy de Almeida & Lauro Araujo e Conjunto(1946)

 

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Um clássico, mas que tem uma história triste por trás: a música seria gravada em 1945 pelo cantor Jorge Goulart. Mas, na véspera, o compositor Custódio Mesquita – que tinha apenas 35 anos – morreu. Por isso a gravação foi cancelada. No ano seguinte, Aracy de Almeida gravou o samba-canção pela primeira vez.

Extraído de http://www.premiodemusica.com.br

 

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Após o lançamento por Aracy de Almeida, em 1946, várias outras cantoras gravaram este clássico da MPB. Caso de Zezé Gonzaga, que o fez na Columbia em 1957, para o LP de 10 polegadas “Vivo a cantar”, tendo sido a gravação reeditada em 78 rpm um ano mais tarde, Era uma época de transição da cera para o vinil, e esse expediente era comum na época.

Extraído de Samuel Machado Filho

 

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Para o pesquisador/jornalista João Máximo, Custódio Mesquita foi o “Tom Jobim de seu tempo”, endossando uma imagem consagrada na música brasileira.

“Saia do caminho” é uma de suas principais composições, feita ao lado de seu parceiro mais constante, Evaldo Rui. Em vez da linguagem mais elaborada de outros letristas que escreviam para Custódio, como Mário Lago e Sadi Cabral, Evaldo gostava da voz das ruas, de usar palavras mais cruas. É o caso dos “trapinhos” do início de “Saia do caminho”, lançada com sucesso por Aracy de Almeida. Custódio Mesquita não conheceu o sucesso deste samba, pois faleceu em 13 de março de 1945.

Extraído de http://blogln.ning.com

 

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Custódio Mesquita nos deixou cedo, tinha 34 anos quando morreu. Segundo os mais chegados, enfraquecido por doses abusivas de medicamento contra epilepsia. Foi grande compositor. Para alguns, o Tom Jobim do seu tempo: pela beleza física, pelo piano, pela modernidade e pela inventiva melódica.

Teve muitos parceiros, nomes ilustres da canção popular, como Mário Lago, Orestes Barbosa, Luiz Peixoto, Noel Rosa e outros colegas dos tempos que atuava como ator teatral. É o caso de Sadi Cabral nas letras de “Mulher” e “Velho realejo”.

O mais constante parceiro letrista de Custódio Mesquita foi Evaldo Rui, irmão de Haroldo Barbosa. O curioso é que os respectivos estilos nem sempre combinavam. Custódio – romântico melodioso e mais requintado; Evaldo – preferindo as expressões cruas mais próximas do homem das ruas e, mas importante, expressões jamais usadas nas ocasiões que Custódio foi seu próprio letrista. Expressões como: “sei que sou desgraçado”, ou “transformei-me em vulgar vagabundo”, ou “acompanhamos o enterro de um passado que o vento levou”, ou ainda “pois blasfemei senhor”, todas elas encontradas em melodias de Custódio Mesquita.

Como volta a acontecer com “trapinhos”, da letra de Evaldo Rui para a melodia que seu parceiro deixou inédita. O samba canção intitulava-se, “Sai do caminho” e a gravação original é de Aracy de Almeida.

Pesquisando na coleção “Nova História da Música Popular Brasileira” (Custódio Mesquita/1977) encontrei outra historinha de bastidores da música “Sai do caminho”, que é a seguinte: Jorge Goulart, em 1943, no início da carreira, era pago para divulgar em cabarés e dancings as novas composições de Custódio Mesquita. Segundo ele, “Saia do caminho” nasceu de um choro e deveria ter sido registrada por ele, na RCA Victor, em 1945, por vontade do próprio Custódio, na época diretor artístico da RCA. A gravação havia sido marcada para 14 de março. Mas Custódio morreu um dia antes e a data foi adiada por tempo indeterminado.

Depois disso, Evaldo Rui desautorizou o disco com Jorge Goulart, rotulou a música como samba canção – gênero de muito prestígio na época – e fez diversas alterações na letra. Segundo Jorge Goulart, a letra primitiva era: “… viver sozinho / fico eu e o meu eu /e a saudade do seu carinho / tinha até um projeto /no futuro querida / o nosso mesmo teto / abrigaria um outra vida / fracassei…”

No excelente livro “A Canção no tempo – 85 anos de músicas brasileiras, vol.1: 1901-1957, de Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello, os autores, confirmam que o samba canção – “Sai do caminho” – estava destinado por Custódio ao então iniciante cantor Jorge Goulart. “A gravação estava marcada para o dia 14 de março de 1945” – lamenta Jorge – “só não se realizando porque Custódio morreu na véspera”.

Extraído de João Máximo em http://blogln.ning.com

 

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Custódio Mesquita morreu aos 35 anos, justamente quando atingia o ápice de sua carreira. Assim, não chegou a ouvir a primeira gravação de “Saia do caminho”, realizada por Araci de Almeida em 1946. Um requintado samba-canção, dos melhores da dupla Custódio / Evaldo Rui, “Saia do caminho” conta a história de uma resignada separação: “Junte tudo o que é seu / seu amor, seus trapinhos / junte tudo o que é seu / e saia do meu caminho…”.

Embora bem apropriado para voz feminina, de preferência suave e romântica (além de Araci, já foi gravado por Ângela Maria, Dalva de Oliveira, Gal Costa, Isaura Garcia, Elza Soares, Zezé Gonzaga, Miúcha, Nana Caymmi… , “Saia do caminho” estava destinado por Custódio ao então iniciante cantor Jorge Goulart. “A gravação estava marcada para o dia 14 de março de 1945” lamenta Jorge – “só não se realizando porque Custódio morreu na véspera.”

Extraído de http://cifrantiga3.blogspot.com.br

 

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Uma outra versão que envolve a autoria da canção “Saia do caminho”, dá conta que Evaldo Rui, o parceiro mais frequente de Custodio, teria composto a canção e verificou que havia se apropriado dos versos musicais de um outro clássico de autoria de Custódio: “Velho realejo” (ouça adiante!) que termina dessa forma: “Tu cantas alegre realejo parece que choras com pena de ti”, enquanto a sua nova composição assim finalizava: “e você francamente, decididamente não tem coração”.

Evaldo Rui num belíssimo gesto, em virtude da coincidência melódica, teria concedido então ao amigo, que havia falecido recentemente, a parceria do seu também futuro clássico da canção brasileira.

Velho realejo (Custodio Mesquita & Sadi Cabral) – Silvio Caldas(1940)

 

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No programa “Brasil Sonoro” levado ao ar no dia 9/04/2016, pela E-Paraná – 97,1 FM e 630 AM, a canção “Saia do caminho” foi por nós lembrada no quadro ‘QUAL DELAS ?’ (ouça adiante!).
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