Sem fantasia
A primeira peça de Chico Buarque estreou no Rio de Janeiro, no Teatro Princesa Isabel, em 15 de janeiro de 1968. A peça foi escrita no final do ano de 1967, após o lançamento de seu segundo disco “Volume 2” e tinha Marieta Severo, Heleno Pests e Antônio Pedro como atores principais nessa sua primeira montagem. A direção foi de José Celso Martinez Corrêa. Essa primeira temporada da peça foi um tremendo sucesso.
Porém com todo esse sucesso e também sua montagem agressiva e provocativa, a peça tornou-se símbolo da resistência contra a ditadura durante a temporada da segunda montagem. Essa montagem tinha como atores principais Marília Pêra e Rodrigo Santiago. No mês de julho desse mesmo ano de 1968, durante uma apresentação no Teatro Ruth Escobar, no bairro do Bixiga em São Paulo, houve uma invasão de 110 pessoas do grupo de extrema direita “Comando de Caça aos Comunistas” (CCC). O CCC espancou artistas e depredou o cenário. Dizem que esse grupo havia invadido esse teatro para espancar o elenco da peça “A Primeira Feira Paulista de Opinião”, dirigido por Augusto Boal e que havia estreado no dia 5 de junho do mesmo ano. Porém por algum motivo entraram na sala de exibição do “Roda Viva” e assim a selvageria sobre os artistas acabou acontecendo. No dia seguinte a esse lamentável acontecimento, o espetáculo foi apresentado novamente e com Chico Buarque na primeira fila da platéia para dar apoio para o elenco e toda a equipe.
Segundo o que o próprio Chico declarou no DVD “Bastidores”, toda essa polêmica gerada em torno da peça não fazia sentido, pois a peça não teria relações e referências claras contra o regime militar que estava no poder desde 1 de abril de 1964. O termo “Roda Viva” seria uma referência a todo o aparato caótico e artificial do mundo da fama repentina, cenário no qual o compositor havia entrado de cabeça na época, principalmente após o Festival da Música Popular Brasileira de 1966, da TV record, no qual “A Banda” foi a grande canção campeã junto com “Disparada” de Geraldo Vandré e Theo de Barros e interpretada brilhantemente por Jair Rodrigues. Por não se identificar com toda aquela roda viva do mundo da fama e do sucesso exacerbado.
“Roda Viva” ainda chegou a ter uma nova montagem em 2005, sob direção de Patrícia Zampiroli e direção musical de Paulo Name.
A trilha sonora da peça conta com obras primas de Chico como a faixa título da peça, além da genial “Sem fantasia”, que foi gravada no disco “Volume 3” de 1968 e conta com a participação de sua irmã, Cristina Buarque (ouça adiante!). Na minha opinião, “Sem fantasia” tem uma das melhores melodias compostas por Chico. Essa música foi regravada por Emílio Santiago e Joyce no disco “Chico Buarque – songbook 2” (Confira em ‘O tempo não apagou’).
Marcio Soares em 30/06/2009
Extraído de http://homenagemaomalandro.blogspot.com.br/
Cristina Buarque & Chico Buarque(1967)
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A linguagem dos seus diálogos dialóga de igual pra igual com o melhor Nelson Rodrigues. A música desde seu pouco conhecido, mas delicioso Ieieiê, passa pelo maravilhoso prelúdio “Sem fantasia” que tenho orgulho de dizer que fui eu quem pediu á você, Chico, que fizesse a 2ª canção do contraponto, até as que finalizam sua a peça onde você retorna ao teatro musical de Noel Rosa, na “Opereta TragyCômica “ e na “Revista”. Você brilha nelas tanto nela quanto o gênio de Vila Isabel.
Jose Celso Martinez Corrêa
Extraído de https://blogdozecelso.wordpress.com
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Aqui você poderá ouvir a rara gravação da trilha original,em 1968, com Marília Pêra e Rodrigo Santiago.
Marilia Pera & Rodrigo Santiago(1968)
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