Ternura antiga

José Ribamar & Dolores Duran

O pianista-compositor Ribamar (José Ribamar Pereira da Silva) foi uma figura bem conhecida na noite carioca dos anos cinquenta. Além de integrar e liderar vários Conjuntos de boate, salientou-se como acompanhador de Tito Madi e, principalmente, de Dolores Duran de quem foi parceiro e grande amigo.

Quando Dolores morreu, a cantora Marisa Gata Mansa sugeriu-lhe que musicasse alguns rascunhos poéticos deixados pela amiga comum. Daí nasceram as canções “Quem foi” e “Ternura antiga”, esta mostrando mais uma bela letra da compositora, amarga, sombria, surgida do vazio da solidão: “Ai, a rua escura, o vento frio / esta saudade, este vazio / esta vontade de chorar…”.

No final de 1960, Abraão Medina, dono da loja “O Rei da Voz”, que patrocinava o programa “Noite de Gala” na TV Rio, resolveu lançar um festival para escolher “As dez mais lindas canções de amor”. Apresentado por Flávio Cavalcanti, o certame foi vencido por Ary Barroso, com sua “Canção em tom maior”, cantada por Ted Moreno, ficando “Ternura antiga” em segundo lugar, cantada pela então novata Lucienne Franco (ouça adiante!).

Na finalíssima, realizada na sede do “Tijuca Tênis Clube”, foi flagrante a torcida de Flávio pela vitória da música do Ary, talvez para amaciar seu relacionamento com o compositor a quem havia algum tempo criticado duramente na mesma TV Rio, a propósito da letra de “Aquarela do Brasil”. Na realidade, “Canção em tom maior” é uma composição bem feita, meio puxada para o monumental, porém, inegavelmente inferior ao melhor nível de Ary Barroso.

Entre as concorrentes havia canções superiores como “Poema do adeus” (de Luís Antônio), “Ressurreição dos velhos carnavais” (o canto do cisne de Lamartine Babo) e a própria “Ternura antiga”, sucesso em 61 na voz de Tito Madi (ouça adiante!) (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

Extraído de http://cifrantiga3.blogspot.com.br

Luciene Franco(1960)

Tito Madi(1960)

 

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Em 1959, quando Duran morreu, deixou entre seus pertences alguns poemas apenas rascunhados. Sua amiga Marisa Gata Mansa ao perceber a beleza desses poemas sugeriu ao pianista e maestro Ribamar (José Ribamar Pereira da Silva) que musicasse alguns. Foi assim que nasceu “Ternura antiga”. Esse fato é contado por José Ribamar ao próprio Roberto Carlos, na madrugada do dia 17/12/1978, no programa da campanha do “Ano Internacional da Criança”, exibido pela Rede Globo. Para o espanto de Roberto Carlos que não conhecia a história, exclamou:
– Zé, eu não sabia desse detalhe. Você nunca me contou. Eu pensava que vocês tinham feito a música juntos!

Extraído de http://www.clubedorei.com.br/

 

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“Ternura antiga” foi introduzido no final de 1960 por Luciene Franco, no Festival das “Dez Mais Lindas Canções de Amor”.

No final de 1959, depois que Dolores Duran morreu com a idade de apenas 29 anos, a amiga Marisa Gata Mansa entregou um poema inacabado de Duran ao compositor e pianista Ribamar para compor uma canção em memória dela. A resultante “Ternura antiga” foi introduzida com a interpretação altamente emocional por Luciene Habib Franco Freitas Câmara.

O festival, patrocinado pela Copacabana e transmitido pela TV Rio, foi um dos primeiros concursos musicais que ganharia enorme popularidade nos próximos anos. A final ocorreu em 10 de novembro de 1960, no “Tijuca Tênis Clube”, no Rio de Janeiro, apresentando as dez canções que se classificaram entre as mais de mil participações no concurso, com interpretações de Miltinho, Jorge Goulart, Zezé Gonzaga, Roberto Silva, Ernani Filho, Carlos José, Agnaldo Rayol, Lenita de Bruno. Lucienne Franco e Ted Moreno.

“Ternura antiga” foi aclamada pela crítica, mesmo sendo a música que terminou como vice-campeã, perdendo para “Canção em tom maior”, escrito por Ary Barroso e cantada por Ted Moreno.

Curiosamente, apesar deste sucesso, original de Luciene Franco, que foi lançado em março de 1961 apenas como “lado B” para Poema do adeus”, cantada por Miltinho. Pode muito bem ser por isso que a gravação de Tito Madi acabou por se tornar a versão mais bem sucedida de “Ternura antiga” e um dos grandes sucessos de 1961.

O arranjo sutil originalmente feito por José Pacheco Lins (Pachequinho) para Luciene Franco, foi reutilizado em sua própria gravação de “Ternura antiga” (ouça adiante!).

Extraído de https://brazilliance.wordpress.com

Pachequinho e Orquestra(1961)

 

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Samba-canção clássico, do qual Dolores Duran, prematuramente falecida em 1959 aos 29 anos, deixou apenas os versos. Um ano depois, o pianista José Ribamar lhe pôs a melodia, e a composição foi inscrita no festival “As dez mais lindas canções de amor”, promovido pela “TV Rio” em parceria com as lojas “Rei da Voz” de Abrahão Medina, e a gravadora Copacabana, que lançou o LP misto com as finalistas. “Ternura antiga”, defendida por Lucienne Franco, tirou o segundo lugar, e a cantora encarregou-se de sua primeira gravação, também editada pela Copacabana em 78 rpm, em março-abril de 1961, com o número 6226-B, matriz M-2911. Sucesso permanente do gênero romântico, “Ternura antiga” tem várias regravações (confira em ‘O tempo não apagou’), destacando-se as de Tito Madi, Altemar Dutra, Nana Caymmi e Roberto Carlos. Direitos fonográficos reservados á Universal Music International Ltda. GRA-60127759.

Extraído de Samuel Machado Filho

Tags: antiga / Dolores / Gata / Pachequinho / Ribamar / Ternura /
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